Páginas

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

As Anas que moram dentro de mim....


A cafeteira fazia seu chiado habitual e a noite invadia a sala adentro e aquela frase se repetia sabe lá quantas vezes em minha mente: Quando se olha muito pro abismo, o abismo olha pra você de Friedrich Wilhelm Nietzesche.
Parecia tão óbvio essa verdade que ficava ali martelando, como era difícil ter tentado decifrá-lo, como tudo fora uma perda de tempo, embora saibamos que toda pessoa é única, mas ele era mas único que qualquer pessoa poderia ser.
Eu descobri logo de cara, que ele seria alguém alheio as minhas vontades, que só faria o que lhe desse na telha, mas cá com os meus botões, eu pensava, ah! vamos menina, coragem, diga o que sente, se não você vai ser que nem uva que murcha, bola de sabão que logo some, mas nem assim o comovi, meus sentimentos eram apenas meus, fiquei com meu coração esfolado, pisoteado.
Mas aí me lembrei do gosto do beijo, daquela boca na minha boca, daquelas mãos em volta do meu corpo, senti um calafrio me correr pela espinha, você não me quis pra sempre ser sua e dele eu sei que vou pra sempre ser, não adianta eu fugir ou tentar me esconder, tem coisas que não tem como evitar, eu soube assim que o olhei mais de perto, o que sinto por ele pode ser chamado de magnetismo, paixão ou o nome que você melhor achar que deve dar, mas o que sinto por você não tem palavra no dicionário que possa melhor explicar, mas e daí? Foi você que não me deu escolha, que me ensinou que tem momentos que não há nada que se possa fazer.
Entrei no carro, peguei a estrada, coloquei num som, um cd antigo, a paisagem até podia correr, mas me sentia em câmera lenta, o pior de tudo é ter que reviver, é ter que achar um culpado, é ter e admitir que dessa história saí derrotada, mas na vida é assim mesmo, nem sempre se ganha, nem sempre se perde, apenas estamos aprendendo a jogar.
E aí gostaram?
É a introdução do livro que estou escrevendo. O nome!?
Ainda não pensei, é cedo! Mas pensei em fragmento de nós dois, mas tenho que ver se alguém já escreveu sobre isso, não pode ser plágio néh!?
Mas quem sabe, toda semana eu mostre pra vocês um trecho, com isso é legal que eu acabo prestando a detida atenção nas histórias de amores ao meu redor e também acabo buscando na minha memória emocional e afetiva elementos pra dar vida, cor a história que estou escrevendo, é aquela coisa de viajar pra dentro de si, quando garota tinha uma música de um grupo que já não existe mais há muito tempo, que dizia mais ou menos assim..."Há um lugar místico em mim, algo assim bem escondido, um planeta inexplorado, um horizonte perdido...
Acho que é assim que estou me sentindo explorando um planeta novo e o divertido, é que eu sou esse planeta novo, sou eu que tenho que me desbravar, adentrar pela mata...kkkkkk
Tem tanta coisa que eu ainda não sei de mim, com certeza não sou uma pintura de Egon Schiele, um pintor austríaco que tinha verdadeira obsessão em pintar corpos transfigurados, mas também não sou um poema simples de Drummond ..."E no meio do caminho, tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho..."
Gosto de pensar que na curva logo ali adiante, eu vou descobrir que dentro de mim coabita muitas Anas e que nada e nem ninguém me resume e que só eu detenho o poder de trazer pra fora a que no momento melhor eu prefiro ser, mas não é assim? Acho que quem se define cria uma linha demarcatória no seu ser ou seja se limita.
Tem pessoas que acha que detém respostas pra tudo ou quase tudo, pelo menos elas pensam que sim, eu não, me pergunte uma coisa hoje, eu te respondo que não, mas quem sabe amanhã seja um redondo sim, então me faça um favor me pergunte de novo amanhã.
A vida é assim, o imprevisto, o acaso e tudo que era certo, sólido, pode virar barro, então não diga que estou errada, se não dou nada como certo, se minhas verdades elas podem ser mutáveis, é claro que pra toda regra tem sua exceção, tem coisas que são certas, a morte é uma delas, tem gente que tenta florear, dizer que passou para um andar de cima, que o céu é o seu novo lar, um monte de balelas, pra mim, morreu, acabou, não vira purpurina ou coisa assim.
Eu digo as minhas verdade, essas sim, podem e devem mudar, papo brabo!?
Não! Só não gosto de quem tem opinião sobre quase tudo e opiniões tão duras e definitivas, odeio quem diz nunca, o nunca ainda não existe, assim como o pra sempre, tudo nessa vida acaba, até o pra sempre sempre acaba.
Bjocas pra todos vcs!!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário