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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

De boazinhas o inferno está cheio!..rsrsrsrsrsrsr

Se tem um adjetivo que eu dispenso a minha pessoa  é ser taxada de boazinha, prefiro até o de meiga, delicada e por aí vaí, já que isso são facetas da minha personalidade, mas boazinha, me desculpe, é um ultraje, não tem nada pior, as boazinhas nunca têm atitude, aceitam tudo, esperam demais, se conformam com qualquer coisa, aí meus amigos, fica difícil, vai ser comparada com uma boazinha pra você ver o que é bom pra tosse! Só que a minha personalidade comporta outros adjetivos, quando quero, sou chata, implicante, apressada, falo o que me vem na cabeça, impulsiva...os meus defeitos com certeza vão preencher essa postagem..rsrrsrsr!
Ser uma pessoa boa é algo bem diferente, a pessoa boa é generosa, usa de empatia, tem fé nas pessoas, espera o melhor, mas não quer dizer que seja uma pessoa boba, que se deixa ser ludibriada, enganada e alguém sem expressão.
Ah! mas meus caros, tem algo pior nessa nossa odisséia, é a pessoa que se faz de boazinha, aquela que é tão solícita, que se prontifica pra ajudar, que quando você tem um problema antes mesmo de pedir ajuda, ela já te traz a solução, muito cuidado nessa hora, já me deparei com algumas cobras pelo caminho, alguns lobos em pele de ovelhas, não estou dizendo que você deva desconfiar de todo sujeito que queira te fazer um bem, não é por aí, mas cuidado é sempre bom, deixa que a pessoa prove suas boas intenções, afinal como diz o ditado de boas intenções o inferno está cheio!...rsrsrsrsrsrsrsr
Ontem eu assisti o trailer do novo filme da Branca de Neve (Espelho, espelho meu) com a Julia Roberts fazendo o papel de madrasta e já gostei, afinal colocam a Branca como uma princesa de atitudes, ela é que irá salvar o príncipe, já está mais do que na hora, mudar esses contos de fada, não acham? As moçinhas sempre bobinhas, ingênuas, vida real não comporta esse tipo de atitude passiva, vai me dizer que hoje alguém pisa no seu pézinho e você diz um muito obrigada!? Tá certo que não precisa fazer explodir uma terceira guerra mundial..srsrsrsr
O problema por muito tempo foi esse, fomos programadas pra sermos assim, ensinadas que pra sermos boas moças temos que aceitar tudo, é por isso que admiro as meninas que tem vindo por aí, minha sobrinha de dois anos, é meu orgulho, tá aí menina de atitudes, ela tem sempre uma resposta inteligente, é tinhosa a danadinha, tem o total apoio da titia, ninguém no futuro irá faze-la de boba com o consentimento dela.
Tem um texto da Martha Medeiros que é incrível que diz assim...
Mulher Boazinha
Qual o elogio que uma mulher adora receber?
Bom, se você está com tempo, pode-se listar aqui uns setecentos:
mulher adora que verbalizem seus atributos, sejam eles físicos ou morais.
Diga que ela é uma mulher inteligente, e ela irá com a sua cara.
Diga que ela tem um ótimo caráter e um corpo que é uma provocação,
e ela decorará o seu número.
Fale do seu olhar, da sua pele, do seu sorriso, da sua presença de espírito,
da sua aura de mistério, de como ela tem classe:
ela achará você muito observador e lhe dará uma cópia da chave de casa.
Mas não pense que o jogo está ganho: manter o cargo vai depender da sua
perspicácia para encontrar novas qualidades nessa mulher poderosa, absoluta.
Diga que ela cozinha melhor que a sua mãe,
que ela tem uma voz que faz você pensar obscenidades,
que ela é um avião no mundo dos negócios.
Fale sobre sua competência, seu senso de oportunidade,
seu bom gosto musical.
Agora quer ver o mundo cair?
Diga que ela é muito boazinha.
Descreva aí uma mulher boazinha.
Voz fina, roupas pastel, calçados rente ao chão.
Aceita encomendas de doces, contribui para a igreja,
cuida dos sobrinhos nos finais de semana.
Disponível, serena, previsível, nunca foi vista negando um favor.
Nunca teve um chilique.
Nunca colocou os pés num show de rock.
É queridinha.
Pequeninha.
Educadinha.
Enfim, uma mulher boazinha.
Fomos boazinhas por séculos.
Engolíamos tudo e fingíamos não ver nada, ceguinhas.
Vivíamos no nosso mundinho, rodeadas de panelinhas e nenezinhos.
A vida feminina era esse frege: bordados, paredes brancas,
crucifixo em cima da cama, tudo certinho.
Passamos um tempão assim, comportadinhas, enquanto íamos alimentando um
desejo incontrolável de virar a mesa.
Quietinhas, mas inquietas.
Até que chegou o dia em que deixamos de ser as coitadinhas.
Ninguém mais fala em namoradinhas do Brasil: somos atrizes,
estrelas, profissionais.
Adolescentes não são mais brotinhos: são garotas da geração teen.
Ser chamada de patricinha é ofensa mortal.
Pitchulinha é coisa de retardada.
Quem gosta de diminutivos, definha.
Ser boazinha não tem nada a ver com ser generosa.
Ser boa é bom, ser boazinha é péssimo.
As boazinhas não têm defeitos.
Não têm atitude.
Conformam-se com a coadjuvância.
PH neutro.
Ser chamada de boazinha, mesmo com a melhor das intenções,
é o pior dos desaforos.
Mulheres bacanas, complicadas, batalhadoras, persistentes, ciumentas,
apressadas, é isso que somos hoje.
Merecemos adjetivos velozes, produtivos, enigmáticos.
As “inhas” não moram mais aqui.
Foram para o espaço, sozinhas.

Bjokas pra todos!!!

2 comentários:

  1. Anônimo25/2/12

    Nem todas as pessoas que recebem a ajuda querem o mesmo bem de quem às dá....

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  2. Isso é vdd! Obrigadinha pelo comentário!

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