O título desta postagem é de um dos primeiros livros que eu li na vida, que foi O Pequeno Príncipe, devia ter uns oito ou nove anos de idade, não me recordo ao certo, mas me lembro que fiquei encantada com a história do príncipe que morava num planeta dum tamanho de uma casa que tinha três vulcões, dois ativos e um extinto. Tinha também uma flor e foi o orgulho dessa flor que faz o pequeno príncipe vir a terra, onde ele encontra diversos personagens...Nesse livro tem outras frases que são super conhecidas..."Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..." e..."O essencial é invisível aos olhos"...Todas as duas estão no trecho do diálogo entre o príncipe e a raposa, não são lindas!?
São coisas assim que marcam, que nem mesmo o tempo apaga, essas frases ficaram no meu subconsciente por todo esse tempo e acabei fazendo delas a minha filosofia de vida, só que de vez em quando me machuco por levar tão a sério tais frases, principalmente a do responsável por aquilo que cativa, afinal quantas vezes me peguei presa a alguém, dando carinho, atenção para depois descobrir que aquela pessoa era só um residente temporário na minha vida, que o melhor e mas sábio era deixar tal pessoa ir embora, não tem aquela canção do Renato Russo, Por enquanto que diz assim..."Se lembra quando a gente chegou um dia acreditar que tudo era pra sempre, sem saber que o pra sempre, sempre acaba..."
Infelizmente, o eterno ainda não existe, promessas normalmente são apenas promessas, mas entendi ao longo do caminho que eu nunca devo me arrepender de ter dado amor, carinho pra alguém, mesmo para os residentes temporários, afinal o invisível é essencial aos olhos, são esses sentimentos que nos alimenta, que diz quem realmente somos, de que tipo de material somos feitos, e eu prefiro pensar que sou como o pequeno príncipe que um dia entendeu que cativar é criar laços, aqui vai um pedaço do texto pra vocês entenderem do que eu falo...
-Bom dia - disse a raposa.
- Bom dia - respondeu educadamente o pequeno príncipe, olhando a sua volta, nada viu.
- Eu estou aqui - disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? - Perguntou o principezinho. - Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa - disse a raposa.
- Vem brincar comigo - propôs ele. - Estou tão triste...
-Eu não posso brincar contigo - disse a raposa. - Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa - disse o principezinho.
Mas, após refletir, acrescentou:
- Que quer dizer "cativar"?
- Tu não és daqui - disse a raposa. - Que procuras?
- Procuro os homens - disse o pequeno príncipe. - Que quer dizer "cativar"?
- Os homens - disse a raposa - têm fuzis e caçam. É assustador! Criam galinhas também. É a única coisa que fazem de interessante. Tu procuras galinhas?
- Não - disse o príncipe. - Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
- É algo quase sempre esquecido - disse a raposa. Significa "criar laços"...
- Criar laços?
- Exatamente - disse a raposa. - Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
Bjokas pra todos e principalmente para os que me cativam!
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