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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Chora Vanessa Paradis!!

Eu quase me acabei agora de tanto rir lendo o blog do João Antônio pra revista Marie Claire, o título da postagem é Crise no casamento dos famosos: por que você deve acreditar em almas gêmeas. Ele começa seu texto de forma brilhante: "Meninas, Jhonny Depp e eu concordamos: Chega de Vanessa Paradis!...kkkkkkk
Isso tudo porque me parece que depois de quatorze anos de casamento, Vanessa disparou contra Jhonny dizendo que não acredita em almas gêmeas. Isso funciona na ficção, ajuda a criar lindos filmes e belas músicas, mas é uma ideia assustadora na vida real...
Gente, também pudera, eu também ficaria  amarga depois de uma separação, ainda mas com um cara como Jhonny Depp, é óbvio que ela vai chorar, berrar, se descabelar, quem era ela esse tempo todo?A mulher de Jhonny Deep, tá eu sei, ela é cantora francesa que embalou os franceses cantando Joe le Taxi e daí?
Vou ter que confessar que gostava mas dele com Winona Ryder, achava tão fofos eles juntos, só que nem por isso não deixo de ficar triste  com a separação do casal, eles tem filhos que com certeza estão sofrendo nesse momento. É gente, mas nem os famosos escapam de sofrer da dor de amor!
Mas eu tenho que concordar com João, ele pode dizer isso, você pode dizer isso, eu posso dizer isso, mas Vanessa Paradis não pode sair por aí jogando pedra no amor, afinal por bons anos ela viveu um conto de fadas, foi casada com um cara galã de cinema, super respeitado, formou uma família, teve com ele dois filhos, o que nós pobres mortais estamos bem longe de vivenciar..E se o casamento era tão ruim assim por que ela não terminou antes? Precisou ficar quatorze anos com o cara para se dar conta de que não acredita em almas gêmeas, me poupe néh!
Só que infelizmente eu vou ter que concordar com Vanessa, eu também não acredito em almas gêmeas, não acredito em destino, em amor que estava escrito nas estrelas e toda essas baboseiras que as pessoas dizem por aí, acredito em paixão a primeira vista, acredito no amor que é construído em bases sólidas de respeito, parceria, cumplicidade e por aí vai...
Coitada, pensando bem, vamos deixar Vanessa chorar, faz bem, depois com certeza, ela vai se recuperar, todas nós nos recuperamos depois de um amor ter ido pro vinagre, isso faz parte da vida, ninguém está imune de sofrer da dor de amor e separação nunca é fácil, tá eu não sou nenhuma especialista nesse assunto, nem casar eu me casei, mas o que Vanessa precisa entender é que tudo passa, e o que ela não pode fazer é se fechar pra vida, para um novo amor,  tá certo que ela tem uma dura missão, substituir Jhonny Deep não é das melhores tarefas, o cara tem quarenta e oito anos e continua inteiro, bonitão, charmoso, mas quem sabe, ela não esbarra com outro cara até melhor, talvez não tão bonito, mas com outras qualidades que talvez o bonito Jhonny  não tivesse.
Boa sorte Vanessa Paradis na sua nova empreitada, você vai precisar e minha solidariedade, afinal sofrer por amor, ninguém merece!!
Bjokas pra todos!!

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Só se vê bem com o coração!

O título desta postagem é de um dos primeiros livros que eu li na vida, que foi O Pequeno Príncipe, devia ter uns oito ou nove anos de idade, não me recordo ao certo, mas me lembro que fiquei encantada com a história do príncipe que morava num planeta dum tamanho de uma casa que tinha três vulcões, dois ativos e um extinto. Tinha também uma flor e foi o orgulho dessa flor que faz o pequeno príncipe vir a terra, onde ele encontra diversos personagens...Nesse livro tem outras frases que são super conhecidas..."Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..." e..."O essencial é invisível aos olhos"...Todas as duas estão no trecho do diálogo entre o príncipe e a raposa, não são lindas!?
São coisas assim que marcam, que nem mesmo o tempo apaga, essas frases ficaram no meu subconsciente por todo esse tempo e acabei fazendo delas a minha filosofia de vida, só que de vez em quando me machuco por levar tão a sério tais frases, principalmente a do responsável por aquilo que cativa, afinal quantas vezes me peguei presa a alguém, dando carinho, atenção para depois descobrir que aquela pessoa era só um residente temporário na minha vida, que o melhor e mas sábio era deixar tal pessoa ir embora, não tem aquela canção do Renato Russo, Por enquanto que diz assim..."Se lembra quando a gente chegou um dia acreditar que tudo era pra sempre, sem saber que o pra sempre, sempre acaba..."
Infelizmente, o eterno ainda não existe, promessas normalmente são apenas promessas, mas entendi ao longo do caminho que eu nunca devo me arrepender de ter dado amor, carinho pra alguém, mesmo para os residentes temporários, afinal o invisível é essencial aos olhos, são esses sentimentos que nos alimenta, que diz quem realmente somos, de que tipo de material somos feitos, e eu prefiro pensar que sou como o pequeno príncipe que um dia entendeu que cativar é criar laços, aqui vai um pedaço do texto pra vocês entenderem do que eu falo...

-Bom dia - disse a raposa.
- Bom dia - respondeu educadamente o pequeno príncipe, olhando a sua volta, nada viu.
- Eu estou aqui - disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? - Perguntou o principezinho. - Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa - disse a raposa.
- Vem brincar comigo - propôs ele. - Estou tão triste...
-Eu não posso brincar contigo - disse a raposa. - Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa - disse o principezinho.
Mas, após refletir, acrescentou:
- Que quer dizer "cativar"?
- Tu não és daqui - disse a raposa. - Que procuras?
- Procuro os homens - disse o pequeno príncipe. - Que quer dizer "cativar"?
- Os homens - disse a raposa - têm fuzis e caçam. É assustador! Criam galinhas também. É a única coisa que fazem de interessante. Tu procuras galinhas?
- Não - disse o príncipe. - Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
- É algo quase sempre esquecido - disse a raposa. Significa "criar laços"...
- Criar laços?
- Exatamente - disse a raposa. - Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
Bjokas pra todos e principalmente para os que me cativam!

sábado, 14 de janeiro de 2012

Os fimes que virão em 2012!

Com certeza um dos filmes super  esperados para 2012 é Os Vingadores, ele estréia nos EUA dia 22 de julho e aqui no Brasil dia 29 de julho, estou ansiosa como todos, até porque tem um dos caras que eu acho mais lindo do planeta, que é o Chris Evans, vamos combinar que ele é tudo de bom e mais um pouco, e na história ele começa como um peixe fora d´água, um cara de outro tempo tentando se encaixar num mundo que mudou desde os anos 40 e se juntará com outros heróis como o Homem de ferro, Thor, Hulk...
Outro filme que eu quero muito assistir The Vow com Rachel  MacAdams e Channing Tatum que estréia no dia 14 de fevereiro, Valentine´s day(dia dos namorados) nos EUA, aqui no Brasil ainda não tem data pevista, mas espero que logo, é romance baseado numa história real, a história gira em torno de um casal recém-casado que sofre um acidente de carro, ela perde a memória, assisti o trailer e amei!
Ainda tem os Bad Boys III, A lanterna Verde 2, Batman 3- O cavalheiro das Trevas ressurge, Os mercenários 2,  Twilight Breaking Dawn(Amanhecer) 2, Madagascar 3, Homens de preto 3, Anjos da Noite IV, A Era do gelo 4 e por aí vai uma lista de filmes com continuações, desses aí citado pretendo ver Bad Boys III, Batman 3 e com certeza Madagascar 3...
Bem, tem outros no caminho como Wanderlust, uma comédia com Paul Rudd e Jennifer Aniston,(George e Linda)eles fazem um casal que são  atingidos pelo desemprego e aí decidem morar com o terrível irmão de George, no caminho pra lá esbarram com uma comunidade alternativa, a data do lançamento está prevista para dia 24 de fevereiro.
Outro filme ainda falando de 11 de setembro de 2001, Tão perto e Tão longe tem Tom Hanks, Sandra Bullock, a história gira em torno de um garoto de onze anos que depois de perder seu pai  nos ataques terrorista, sai em uma jornada por Nova York para encontrar uma caixa para a qual seu pai deixou uma chave.
Contrabando tem outro super gato Mark Wahlberg o fime fala  de um ex-contrabandista que, para proteger seu cunhado de um chefe de tráfico, parte para o Panamá para faturar milhões de dólares em notas falsas.
Seguido de outro filme de Ação está Protegendo o Inimigo, o filme gira em torno de um agente da CIA que recebe a missão de proteger um fugitivo em um lugar seguro. Mas, quando o lugar é atacado, ele se vê fugindo junto com seu encarregado, o filme tem Denzel Washington e Ryan Reynolds, acredito eu que com esses dois, isso seja um selo de garantia de filme bom!
Tim Burton  junto com os Estúdios Walt Disney trazem de volta um curta metragem de Tim, quando este apenas era um estudante de cinema,  filmado em 1984, é uma paródia do livro Mary Shelley-Frankenstein, o filme é Frankenwweenie, a história de concentra num garoto que traz o cão a vida, depois de ter sido atropelado e morto. Mas, quando o monstro causa terror e destruição, Victor tem que convencer a seus pais que apesar da aparência, Sparck continua sendo seu amigo leal.
Ah! Tem outro filme explorando um conto de fadas e adivinha de quem? Branca de Neve, isso mesmo! Além de Espelho, espelho meu, teremos Branca de Neve e o caçador, o filme tem Charlize Theron, Kristen Stewart  e Chris Hemsworth, a trama tem uma grande virada o caçador que foi enviado para matar Branca de Neve, acaba se tornando seu mentor e protetor, tem data prevista para estrear, dia 1 de junho de 2012.
E nas adaptações de livro pras Telonas está Anna Karenina com Keira Knightley e Jude Law, Anna é enviada a Moscou para consertar as coisas entre  Stefan e Dolly, a companheira de viagem é a condessa Vronsky que é recebida na estação pelo seu filho, o coronel Vronsky, um rapaz nobre, quando seus olhos se cruzam com o de Anna, logo surge o amor, só que eles terão que ser discretos já que Anna é casada e tem um filho, só deve estrear no final do ano já que começaram as filmagens agora.
Bem, gente é isso, teremos muitos filmes em 2012, alguns bem legais, outros nem tanto, mas fica aqui a dica e é óbvio que a medida que eu for assistindo vou comentando aqui no Blog.

Bjokas pra todos

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

De boazinhas o inferno está cheio!..rsrsrsrsrsrsr

Se tem um adjetivo que eu dispenso a minha pessoa  é ser taxada de boazinha, prefiro até o de meiga, delicada e por aí vaí, já que isso são facetas da minha personalidade, mas boazinha, me desculpe, é um ultraje, não tem nada pior, as boazinhas nunca têm atitude, aceitam tudo, esperam demais, se conformam com qualquer coisa, aí meus amigos, fica difícil, vai ser comparada com uma boazinha pra você ver o que é bom pra tosse! Só que a minha personalidade comporta outros adjetivos, quando quero, sou chata, implicante, apressada, falo o que me vem na cabeça, impulsiva...os meus defeitos com certeza vão preencher essa postagem..rsrrsrsr!
Ser uma pessoa boa é algo bem diferente, a pessoa boa é generosa, usa de empatia, tem fé nas pessoas, espera o melhor, mas não quer dizer que seja uma pessoa boba, que se deixa ser ludibriada, enganada e alguém sem expressão.
Ah! mas meus caros, tem algo pior nessa nossa odisséia, é a pessoa que se faz de boazinha, aquela que é tão solícita, que se prontifica pra ajudar, que quando você tem um problema antes mesmo de pedir ajuda, ela já te traz a solução, muito cuidado nessa hora, já me deparei com algumas cobras pelo caminho, alguns lobos em pele de ovelhas, não estou dizendo que você deva desconfiar de todo sujeito que queira te fazer um bem, não é por aí, mas cuidado é sempre bom, deixa que a pessoa prove suas boas intenções, afinal como diz o ditado de boas intenções o inferno está cheio!...rsrsrsrsrsrsrsr
Ontem eu assisti o trailer do novo filme da Branca de Neve (Espelho, espelho meu) com a Julia Roberts fazendo o papel de madrasta e já gostei, afinal colocam a Branca como uma princesa de atitudes, ela é que irá salvar o príncipe, já está mais do que na hora, mudar esses contos de fada, não acham? As moçinhas sempre bobinhas, ingênuas, vida real não comporta esse tipo de atitude passiva, vai me dizer que hoje alguém pisa no seu pézinho e você diz um muito obrigada!? Tá certo que não precisa fazer explodir uma terceira guerra mundial..srsrsrsr
O problema por muito tempo foi esse, fomos programadas pra sermos assim, ensinadas que pra sermos boas moças temos que aceitar tudo, é por isso que admiro as meninas que tem vindo por aí, minha sobrinha de dois anos, é meu orgulho, tá aí menina de atitudes, ela tem sempre uma resposta inteligente, é tinhosa a danadinha, tem o total apoio da titia, ninguém no futuro irá faze-la de boba com o consentimento dela.
Tem um texto da Martha Medeiros que é incrível que diz assim...
Mulher Boazinha
Qual o elogio que uma mulher adora receber?
Bom, se você está com tempo, pode-se listar aqui uns setecentos:
mulher adora que verbalizem seus atributos, sejam eles físicos ou morais.
Diga que ela é uma mulher inteligente, e ela irá com a sua cara.
Diga que ela tem um ótimo caráter e um corpo que é uma provocação,
e ela decorará o seu número.
Fale do seu olhar, da sua pele, do seu sorriso, da sua presença de espírito,
da sua aura de mistério, de como ela tem classe:
ela achará você muito observador e lhe dará uma cópia da chave de casa.
Mas não pense que o jogo está ganho: manter o cargo vai depender da sua
perspicácia para encontrar novas qualidades nessa mulher poderosa, absoluta.
Diga que ela cozinha melhor que a sua mãe,
que ela tem uma voz que faz você pensar obscenidades,
que ela é um avião no mundo dos negócios.
Fale sobre sua competência, seu senso de oportunidade,
seu bom gosto musical.
Agora quer ver o mundo cair?
Diga que ela é muito boazinha.
Descreva aí uma mulher boazinha.
Voz fina, roupas pastel, calçados rente ao chão.
Aceita encomendas de doces, contribui para a igreja,
cuida dos sobrinhos nos finais de semana.
Disponível, serena, previsível, nunca foi vista negando um favor.
Nunca teve um chilique.
Nunca colocou os pés num show de rock.
É queridinha.
Pequeninha.
Educadinha.
Enfim, uma mulher boazinha.
Fomos boazinhas por séculos.
Engolíamos tudo e fingíamos não ver nada, ceguinhas.
Vivíamos no nosso mundinho, rodeadas de panelinhas e nenezinhos.
A vida feminina era esse frege: bordados, paredes brancas,
crucifixo em cima da cama, tudo certinho.
Passamos um tempão assim, comportadinhas, enquanto íamos alimentando um
desejo incontrolável de virar a mesa.
Quietinhas, mas inquietas.
Até que chegou o dia em que deixamos de ser as coitadinhas.
Ninguém mais fala em namoradinhas do Brasil: somos atrizes,
estrelas, profissionais.
Adolescentes não são mais brotinhos: são garotas da geração teen.
Ser chamada de patricinha é ofensa mortal.
Pitchulinha é coisa de retardada.
Quem gosta de diminutivos, definha.
Ser boazinha não tem nada a ver com ser generosa.
Ser boa é bom, ser boazinha é péssimo.
As boazinhas não têm defeitos.
Não têm atitude.
Conformam-se com a coadjuvância.
PH neutro.
Ser chamada de boazinha, mesmo com a melhor das intenções,
é o pior dos desaforos.
Mulheres bacanas, complicadas, batalhadoras, persistentes, ciumentas,
apressadas, é isso que somos hoje.
Merecemos adjetivos velozes, produtivos, enigmáticos.
As “inhas” não moram mais aqui.
Foram para o espaço, sozinhas.

Bjokas pra todos!!!

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Hart of Dixie!

Eu não sou tão fã assim de seriados, quando garota até gostava de assistir 90210(Barrados no Baile), depois assisti Dawson´s Creek, as vezes assisto Chuck e Glee...Só que ontem por causa de uma dor no estômago, perdi o sono e fui pro site filmes online Armagedom e resolvi assistir algum filme, só que a minha intenção era apenas atrair o sono, então achei melhor optar por uma série, então me deparei com Hart of Dixie, acredita que eu assisti  quase todos os episódios!? Foi loucura, eu sei, mas me apaixonei pela história, a série é estrelada por Rachel Bilson, ela faz Zoe, uma médica nova-iorquina que vê seus sonhos desmoronarem  e aí resolve aceitar uma oferta de trabalho em Bluebell no Alabama, a série me lembrou muito aquele filme Doce lar com Reese Witherspoon, é muito legal!
Em julho começa a segunda temporada, e eu já estou ansiosa pra assistir, e claro torcer pros personagens de Zoe e Wade, isso é óbvio, ou alguém tem alguma dúvida que eu iria torcer pro cara que não é tão certinho!? George é muito perfeitinho pro meu gosto....
Enquanto isso gente, assistam na internet, vale a pena, super recomendo e são apenas 10 episódios, só teve um que eu não assisti, era sobre fantasmas, então pulei...kkkk, não fez falta.
Zoe e Wade (Que casal interessante!!)
Ah! Hoje não teve jeito, tive que ir pro São Lucas, vou ter que fazer uma endoscopia, só de imaginar já me dá calafrios, mas enfim não tem como eu fugir, não posso viver passando mal quando como certas coisas...
Bjokas pra todos vcs!!

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O amor bom é facinho!!

Este texto é de Ivan Martins(colunista da revista época)
Há conversas que nunca terminam e dúvidas que jamais desaparecem. Sobre a melhor maneira de iniciar uma relação, por exemplo. Muita gente acredita que aquilo que se ganha com facilidade se perde do mesmo jeito. Acham que as relações que exigem esforço têm mais valor. Mulheres difíceis de conquistar, homens difíceis de manter, namoros que dão trabalho - esses tendem a ser mais importantes e duradouros. Mas será verdade?





Eu suspeito que não.

Acho que somos ensinados a subestimar quem gosta de nós. Se a garota na mesa ao lado sorri em nossa direção, começamos a reparar nos seus defeitos. Se a pessoa fosse realmente bacana não me daria bola assim de graça. Se ela não resiste aos meus escassos encantos é uma mulher fácil – e mulheres fáceis não valem nada, certo? O nome disso, damas e cavalheiros, é baixa auto-estima: não entro em clube que me queira como sócio. É engraçado, mas dói.

Também somos educados para o sacrifício. Aquilo que ganhamos sem suor não tem valor. Somos uma sociedade de lutadores, não somos? Temos de nos esforçar para obter recompensas. As coisas que realmente valem a pena são obtidas à duras penas. E por aí vai. De tanto ouvir essa conversa - na escola, no esporte, no escritório - levamos seus pressupostos para a vida afetiva. Acabamos acreditando que também no terreno do afeto deveríamos ser capazes de lutar, sofrer e triunfar. Precisamos de conquistas épicas para contar no jantar de domingo. Se for fácil demais, não vale. Amor assim não tem graça, diz um amigo meu. Será mesmo?
Minha experiência sugere o contrário.
Desde a adolescência, e no transcorrer da vida adulta, todas as mulheres importantes me caíram do céu. A moça que vomitou no meu pé na festa do centro acadêmico e me levou para dormir na sala da casa dela. Casamos. A garota de olhos tristes que eu conheci na porta do cinema e meia hora depois tomava o meu sorvete. Quase casamos? A mulher cujo nome eu perguntei na lanchonete do trabalho e 24 horas depois me chamou para uma festa. A menina do interior que resolveu dançar comigo num impulso. Nenhuma delas foi seduzida, conquistada ou convencida a gostar de mim. Elas tomaram a iniciativa – ou retribuíram sem hesitar a atenção que eu dei a elas.

Toda vez que eu insisti com quem não estava interessada deu errado. Toda vez que tentei escalar o muro da indiferença foi inútil. Ou descobri que do outro lado não havia nada. Na minha experiência, amor é um território em que coragem e a iniciativa são premiadas, mas empenho, persistência e determinação nunca trouxeram resultado.

Relato essa experiência para discutir uma questão que me parece da maior gravidade: o quanto deveríamos insistir em obter a atenção de uma pessoa que não parece retribuir os nossos sentimos?

Quem está emocionalmente disponível lida com esse tipo de dilema o tempo todo. Você conhece a figura, acha bacana, liga uns dias depois e ela não atende e nem liga de volta. O que fazer? Você sai com a pessoa, acha ela o máximo, tenta um segundo encontro e ela reluta em marcar a data. Como proceder a partir daí? Você começou uma relação, está se apaixonando, mas a outra parte, um belo dia, deixa de retornar seus telefonemas. O que se faz? Você está apaixonado ou apaixonada, levou um pé na bunda e mal consegue respirar. É o caso de tentar reconquistar ou seria melhor proteger-se e ajudar o sentimento a morrer?

Todas essas situações conduzem à mesma escolha: insistir ou desistir?

Quem acha que o amor é um campo de batalha geralmente opta pela insistência. Quem acha que ele é uma ocorrência espontânea tende a escolher a desistência (embora isso pareça feio). Na prática, como não temos 100% de certeza sobre as coisas, e como não nos controlamos 100%, oscilamos entre uma e outra posição, ao sabor das circunstâncias e do tamanho do envolvimento. Mas a maioria de nós, mesmo de forma inconsciente, traça um limite para o quanto se empenhar (ou rastejar) num caso desses. Quem não tem limites sofre além da conta – e frequentemente faz papel de bobo, com resultados pífios.

Uma das minhas teorias favoritas é que mesmo que a pessoa ceda a um assédio longo e custoso a relação estará envenenada. Pela simples razão de que ninguém é esnobado por muito tempo ou de forma muito ostensiva sem desenvolver ressentimentos. E ressentimentos não se dissipam. Eles ficam e cobram um preço. Cedo ou tarde a conta chega. E o tipo de personalidade que insiste demais numa conquista pode estar movida por motivos errados: o interesse é pela pessoa ou pela dificuldade? É um caso de amor ou de amor próprio?
Ser amado de graça, por outro lado, não tem preço. É a homenagem mais bacana que uma pessoa pode nos fazer. Você está ali, na vida (no trabalho, na balada, nas férias, no churrasco, na casa do amigo) e a pessoa simplesmente gosta de você. Ou você se aproxima com uma conversa fiada e ela recebe esse gesto de braços abertos. O que pode ser melhor do que isso? O que pode ser melhor do que ser gostado por aquilo que se é – sem truques, sem jogos de sedução, sem premeditações? Neste momento eu não consigo me lembrar de nada.